FLISC 2016

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Equipe de Literatura:
Alessandra Faria, Daniele Matheus, Lene, Márcia Freitas e Vanessa Portella.



sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Trabalhos do 2º ano em 2010

A partir de hoje os trabalhos feitos pelas turmas de 2º ano irão para os Arquivos do Blog. Para vê-los você deve procurar, no lado esquerdo do blog, a seção "Arquivos" e procurar Trabalhos do 2º ano em 2010. Beijos! 


Ainda sobre 2010...
UMA HISTÓRIA DA TRADIÇÃO ORAL QUE DEIXOU O 2° ANO DE "QUEIXO CAÍDO"

UM VIAJANTE FAMINTO E APAVORADO VIVE UMA NOITE ARREPIANTE EM UM CASEBRE ONDE UM ESQUELETO QUE TEM VIDA VAI DESPENCANDO DO TELHADO...





  

A VELHA A FIAR 
 As crianças brincaram, cantaram,  rodaram e fizeram fantoches lindos. A turma 201 está de parabéns!
  
  


A PRINCESA DO ANEL DE OURO
Era uma vez uma bruxa que usava na cabeça uma faca sangrenta, pois ela caçava as crianças para matar.
Um dia, passando pela floresta, estava uma menina que tinha um anel de ouro. Lili estava procurando uma casa para morar, porque ela estava perdida. De repente, ela viu o castelo da bruxa e, como não sabia que naquele lugar morava a malvada, pensou em morar lá.
Quando Lili entrou, havia muitas portas. Na primeira porta, ela encontrou umas moedas de ouro. Para cada uma das moedas, ela podia fazer um desejo. Na segunda porta, ela encontrou um cordão de bolas roxas e rosas, que deixa quem usá-lo invisível. Na última porta, estava a bruxa sentada numa poltrona, que bateu os pés no chão e disse:
- Quem ousa entrar na minha casa?
A menina, rapidamente, colocou o cordão e ficou invisível. A bruxa escutou os passos da menina, mas ficou tonta, pois não via nada. Então, chamou o morcego das trevas para ajudá-la.

Este amigo da bruxa possuía visão de calor e conseguia enxergar tudo. Quando ele viu quem era, disse:
- Minha ama! É a princesa do anel de ouro!
Quando o morcego falou isso, o anel se abriu, iluminou o morcego e ele ficou cego.
Lili fugiu para bem longe, pegou uma das moedas e desejou voltar para sua casa. Onde ela viveu feliz para sempre.
(Este é um CONTO DE FADAS escrito pela turma 203 com adaptação da prof. Jucelene.)


Os contos de fadas na escola

Fazemos com o 2o. ano um trabalho com contos de fadas que dura quase um semestre. Nosso objetivo inicial é retomar textos que as crianças já conhecem através do cinema ou por já terem ouvido em alguma situação informal. Em geral, trabalhamos com os clássicos em que há textos mais detalhados, com situações que não são privilegiadas na linguagem cinematográfica ou nos textos mais simplificados ( e com versões mais empobrecidas...)
Há um conceito de autoria que gostamos de retomar com os alunos ao longo das aulas: os contos de fadas são textos populares. Foram sendo reelaborados durante séculos e passaram de geração em geração pela oralidade. O conhecimento que temos destes textos deve-se à pesquisa de muitos estudiosos que os registraram para a posteridade. As versões que mais utilizamos são as de Andersen, Perrault ou os irmãos Grimm. Nas conversas que temos com as crianças, procuramos enfatizar o fato de estas histórias pertencerem ao domínio popular. O papel dos autores não é de criação, mas de pesquisa e passagem da oralidade para a literatura escrita.
Um outro trabalhho que fazemos é o da exploração dos espaços ficcionais. Há muitos contos em que os personagens infantis precisam passar por diferentes provas e passam de um lugar para outro, alternando espaços naturais com espaços criados pelo homem. Assim, Polegar sai de casa para a floresta e dali para a casa do gigante e depois por campos diversos até que retorna vitorioso à casa dos pais. O mesmo se passa com a menina Elisa em " Os cisnes selvagens". Para libertar seus irmãos, ela alterna espaços naturais, construídos e sonhados. É nesta trajetória que ela adquire sabedoria para se livrar da maldição da madrasta.
O trabalho com massinha de modelagem para o Pequeno Polegar é uma das formas de aproximar as crianças desta estrutura narrativa de forma lúdica e agradável.
AQUI O CISNE SELVAGEM

AGORA, CHEGOU A VEZ DO PEQUENO POLEGAR!

Usando massinha, os alunos do 2°ano montaram cada ambiente por onde passou esse pequeno herói. A casa onde morava com seus pais e seus irmãos, o riacho onde buscou as pedrinhas para marcar o caminho, a floresta onde ficaram perdidos, a casa do gigante e finalmente, a casa velha onde se esconderam do gigante. Montamos uma maquete circular, pois, afinal, o pequeno retorna rico e feliz à sua casa.

  
Depois de ouvir muitas histórias....
O DRAGÃO VERMELHO
Era uma vez um príncipe que queria se casar com uma princesa. No jardim de seu castelo, ele estava passeando quando ouviu uma voz doce e ficou curioso para conhecer a dona daquela voz.
Aquele som maravilhoso vinha da torre de um castelo vermelho, um lugar abandonado onde o rapaz nunca havia entrado.
O habitante daquele lugar assustador era um dragão vermelho muito nervoso que cuspia fogo. Em volta do castelo tinha um rio de lava e três pontes para atravessar.
Quando ele chegou mais perto do rio, encontrou um espelho que refletia o rosto de uma fada. Ela disse ao príncipe que usasse a ponte do meio, pois as outras eram armadilhas.
Ao passar por essa ponte, ele encontrou no chão uma flor azul bem diferente. Ele pegou a flor e jogou-a no dragão. Logo depois, ouviu-se um estouro e o dragão virou pó.
O príncipe subiu a escadaria da torre e viu uma moça de longos cabelos pretos. Ela estava chorando e começou a contar o que tinha acontecido com ela. Uma bruxa invejosa aprisionou-a para que ela nunca se casasse.
O rapaz, apaixonado, deu um beijo na moça, pediu-a em casamento e eles viveram felizes para sempre.
(Este é um CONTO DE FADAS escrito pela turma 201 com adaptação da prof. Jucelene.)


206 VISITA A ADCP II, ENTREGA PRESENTE E RECEBE AULA DE INGLÊS!

    A turma 206/2010 confeccionou nas aulas de Literatura um panô, baseado  em história que resgata tradições de nossas origens africanas. Nele vemos os elementos da história eleitos pela turma para compor o trabalho: o ovo da galinha d'Angola, a própria galinha d'Angola, o pombo que também participa da criação da Terra e o baú de guardados e memórias da avó de Bruna.
      Motivo de alegria e orgulho para a turma 206/2010, o panô foi exposto na Festa Literária de São Cristóvão, em junho de 2010, juntamente com os das demais turmas do 2º ano da UESC I. Em agosto, a turma aprovou a sugestão da professora Teresa e decidiu oferecer o panô à Associação de Docentes do Colégio Pedro II, por acreditar que ganharia um lugar de destaque e por ser uma oportunidade de divulgar, de forma mais ampla, as antigas tradições africanas.
      Toda a turma visitou a sede da Associação, tendo sido recebida pelas professoras Regina e Heloisa, diretoras da entidade. Ao saberem que as anfitriãs do encontro eram professoras de inglês, as perguntas foram inevitáveis. Seguiu-se, então, uma aula bastante informal, acrescida de saboroso lanche. As funcionárias Willyane e Juliana foram bastante prestimosas e atenciosas, dando suporte necessário ao evento.  
       É fácil concluir que todos os envolvidos saíram muito satisfeitos com tudo: uns ganharam o panô para decorar a sede (criando um cantinho que eu denominei  por minha conta de "Cantinho da FLiSC")  e outros ganharam aula de inglês, lanche, oportunidade de divulgar o trabalho e muito carinho.
        Obrigada a todos! Crianças,vocês são o máximo!
         Veja algumas imagens desse encontro.

  


O AMIGO DO REI - RUTH ROCHA
Lene Teixeira

Os alunos do 2° ano ouviram mais uma bela história dessa autora muito querida pelas crianças.
Com este título bem sugestivo, antes da história, conversamos sobre as possibilidades: “Que rei será esse?” As crianças falam de todos os tipos de reinados desejados: rei da bagunça, rei do futebol, rei da turma, rei das meninas, rei de brincadeira, rei de países que já ouviram falar, rei da história e, claro, reis de vários Contos de Fada que já conhecem... Assim, podemos ter uma noção do que as crianças pensam a respeito de tal personagem.
Também foi importante fazer algumas considerações sobre a situação histórica, uma vez que a narrativa foi situada no período da escravidão no Brasil. Nessa situação histórica, mais uma exemplificação de um rei.
As ilustrações foram mostradas para as crianças de forma que os ouvintes pudessem interagir com o texto narrado, às vezes, mostradas antes da leitura da página e em outras páginas, depois.
Então, começamos a história de um menino escravo chamado Matias e um filho de fazendeiro chamado Ioiô. Nascidos na mesma época e com diferentes realidades, porém as mesmas brincadeiras e uma grande amizade.
Matias fazia questão de lembrar, todos os dias, para seu amigo, o que lhe disseram os outros escravos: “Um dia não serei mais escravo e sim, um rei!”
A seguir, após uma grande travessura, os dois receberam algumas palmadas do fazendeiro. Ioiô ficou indignado com o castigo e sugeriu a Matias que fugissem dali. Dias mais tarde, eles chegaram a uma aldeia de escravos fugitivos, o quilombo.
Lá, Matias foi reconhecido como Rei, pois seu pai na África havia sido um grande Rei. Ioiô passou um tempo junto ao amigo, mas a saudade de casa chegou.
No final do livro, a ilustração merece destaque, pois encerrando a história é dito que ambos lutaram pela liberdade, e a imagem impressa de uma gaiola aberta e um passarinho voando. “Por que esse desenho?” Não é surpresa que depois desse conto, quase todos os alunos se referiram à libertação dos escravos.
A proposta da aula foi a de tentar desenhar um rei africano conversando e usando as imagens do livro, mostrando outras fotos de reis africanos e usando a própria imaginação, cada criança criou sua ilustração. Na explicação sobre o que fazer, vale a pena considerar os diferentes tipos de reis que eles conhecem. Nessa hora, o uso da coroa convencional, a moradia num castelo e as outras imagens de um rei dos Contos de Fada são elementos decisivos para sua produção plástica. Como desenharemos o rei africano? Assim, elegemos algumas características que podem aparecer no desenho deles.
A caracterização desse personagem foi maravilhosa! Vale aqui explicar nossa surpresa ao descobrir que as crianças superaram nossas expectativas nos resultados. De alguma forma, esse texto acionou um imaginário já em ebulição nos nossos alunos a respeito de nossas heranças africanas.

ALGUMAS ILUSTRAÇÕES DO LIVRO
  

A ÚLTIMA PÁGINA

No final do livro, a ilustração merece destaque, pois encerrando a história é dito que ambos lutaram pela liberdade, e a imagem impressa de uma gaiola aberta e um passarinho voando.

OS ALUNOS DESENHARAM UM REI AFRICANO
   




Entre África e Brasil: histórias tecidas por muitas mãos
Julia Limia

Fizemos com o 2º ano uma unidade de histórias afro-brasileiras que vêm oferecendo oportunidades para que as crianças vivenciem novas experiências: lendas, personagens e imagens que sugerem o diálogo com outras culturas próximas e, ao mesmo tempo, distantes. Teresa, outra autora deste blog, vem começando suas aulas com viagens imaginárias ao continente africano. Pego carona nestes vôos e viajo: um olho em África e outro no Brasil. Contamos para as crianças a história "Bruna e a galinha d'Angola". Gercilga de Almeida usa nesta história o mito da criação da tradição ioruba em que Oxum tem a ajuda de uma galinha d'Angola que espalha a terra para que os seres vivos possam ocupar o mundo recém criado por ela.

Bruna é uma menina solitária. Quando fica triste, procura a avó Nanã que lhe conta as histórias que ouvia na sua infância em uma aldeia na África. No dia de seu aniversário, a menina ganha da avó a sua Conquém, uma galinha de Angola para lhe fazer companhia. As meninas da aldeia ficam curiosas com a Conquém e com a habilidade de Bruna de modelar galinhas com a argila. A galinha d'Angola traz mudanças na vida das crianças que se tornam amigas e as aproxima de Vó Nanã.

Na mudança de uma terra para outra, a avó perdeu um baú: dentro dele havia um pano pintado por ela representando a história da criação do mundo. É a galinha de Bruna que, ao revolver o chão, acaba por desenterrar o velho baú, trazendo à aldeia novos aprendizados. As outras meninas conhecem a lenda de Oxum e aprendem a pintar panos coloridos. Os panôs feitos por Bruna e suas amigas tornam a aldeia conhecida.

O texto se constrói na indefinição do espaço ficcional. A avó conta para Bruna histórias e tradições de sua aldeia na África. Quando fala de África, a avó se refere ao lugar em que vivia quando era criança. Onde é esta outra aldeia onde vive a menina Bruna que recebe estas tradições africanas? Estamos no espaço da ficção, da geografia inventada. África é o espaço da infância da avó, das antigas tradições. A nova terra pode ser o espaço do resgate da memória, mas também das recriações: uma aldeia de amplas fronteiras sem lugar definido.

A história de Gercilga trata da tradição, de criação e de laços de amizade. Propusemos às crianças a criação de um panô. Cada turma faria o seu, colocando neste os elementos mais importantes da história e depois enfeitaria com diferentes materiais. Pedimos aos pais que mandassem para a escola o que tivessem em casa disponível: rendas, panos, botões, fitas, brilhos, paetês.. . Oferecemos às crianças elementos variados, coloridos para que escolhessem o que lhes agradassem. O mais importante é que este seria um trabalho coletivo, sem brigas e sem exclusão. Incentivamos as crianças a planejar o que caberia no pano e regras foram combinadas para que cada uma delas pudesse escolher elementos, tendo tempo para colá-los no pano.

Há ainda uma leitura que se pode fazer destas sobras de cada casa que vão sendo oferecidas às crianças. Um botão colorido, um pedaço de renda vira um tesouro descoberto por cada criador no seu esforço de ajudar a recriar o panô de Bruna, que nunca foi só de Bruna.

Começo em África, volto ao Brasil e acrescento ao meu texto/ pano um trecho do poema de Manoel de Barros:

Matéria de poesia:

(...)
As coisas que não levam a nada
têm grande importância
Cada coisa ordinária é um elemento de estima
Cada coisa sem préstimo
tem seu lugar
na poesia ou na geral

O que se encontra em ninho de João-ferreira:
caco de vidro, garampos,
retratos de formatura,
servem demais para poesia.
(...)
As coisas jogadas fora
têm grande importância
- como um homem jogado fora
(...)

Manoel de Barros.

Por fim, até a arrumação da sala foi tarefa de todos, felizes que ficamos com o resultado que tivemos. Agora, belos painéis enfeitam as salas de literatura. Na história os panos são pintados; os nossos são feitos a partir de colagens de elementos de diversas origens, organizado a muitas mãos, com muitas interferências: um diálogo multicultural.


Aqui os panôs de algumas turmas:
  

AGORA VAMOS AOS CONTOS DE FADAS...
Lene Teixeira

Os contos de fadas são narrativas populares, portanto, não possuem um autor. Há muito e muito tempo atrás, estas histórias foram recontadas oralmente e depois escritas por folcloristas em livros. Nestas narrativas, há sempre um desafio a ser vencido por um herói ou heroína que com auxílio de um elemento mágico consegue um final feliz. Por exemplo, os Irmãos Grimm recontaram O Príncipe-sapo que o 2°ano ouviu recentemente e produziu ilustrações para cada parte da história. Antes de desenhar, fizemos em grupos, a organização da sequência narrativa com pequenos textos resumindo as partes. E o resultado, não podia ser melhor...

  

ALGUMA PRINCESA QUER BEIJAR UM SAPO?

  

OUVIRAM, TAMBÉM, A BELA E A FERA.
Durante a história não puderam observar a "cara" da Fera, eles tiveram que fazer um exercício de imaginação para desenhar. No final, depois do mural pronto, eles observaram a ilustração da "cara da fera" num livro.

  

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