FLISC 2016

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sábado, 5 de março de 2011

Livros, um caso de amor.

LIVRO – eu te lendo
“Eu tinha sete anos quando ganhei de presente um livro do Monteiro Lobato chamado Reinações de Narizinho. Um livro grosso assim. Só de olhar pra ele eu me senti exausta. Dei um dos muito obrigada mais sem convicção da minha vida, sumi com o livro num canto do armário, e voltei pras minhas histórias em quadrinhos. (...)
E aí o meu tio, que tinha me dado Reinações de Narizinho (e que era um tio que eu adorava), chegou lá em casa e quis saber, então? gostou do livro? Eu fiz uma cara meio vaga.
Passados uns tempos ele me cobrou outra vez, como é? já leu? Não tinha outro jeito: tirei o livro do armário, tirei a poeira do livro, tirei a coragem não sei de onde, e comecei a ler: "Numa casinha branca, lá no sítio do Picapau Amarelo ... " E quando cheguei no fim do livro eu comecei tudo de novo, numa casinha hranca lá no sítio do Picapau Amarelo, e fui indo toda a vida outra vez, voltando atrás num capítulo, revisitando outro, lendo de trás pra frente, e aquela gente toda do sítio do Picapau Amarelo começou a virar a minha gente. Muito especialmente uma boneca de pano chamada Emília, que fazia e dizia tudo que vinha na cabeça dela. A Emília me deslumbrava! nossa, como é que ela teve coragem de dizer isso? ah, eu vou fazer isso também!
Mas longe de imaginar que eu estava vivendo o meu primeiro caso de amor.
Lá em casa eles me viam tão entregue a esse livro, tão quieta num canto, só eu e o livro, que eles me deram, correndo, uma porção de Lobatos. Eu li; eu experimentei eles todos; eu curti. Mas Reinações de Narizinho tinha me dado um prazer tão intenso, que era pra ele que eu voltava sempre ao longo da minha infância. “
Lygia Bojunga Nunes


Nossas turmas estão começando um novo ano letivo. De todos os livros que apresentamos aos alunos ao longo das aulas de Literatura, esperamos que cada criança escolha aqueles que serão alvo de seu interesse ou procura na sala de leitura: algumas histórias encantarão, outras se tornarão casos de amor como conta a escritora Lygia Bojunga. A cada ano partilhamos do entusiasmo das crianças ao entrar em nossa sala de aula, dispostas a ouvir mais uma história e conhecer um novo autor.
Ler não é uma atividade que surge espontaneamente, precisa de estímulo e de persistência. Pode ser uma atividade agradável, e não obrigatória, se envolver amigos, familiares... Por isso, gostaríamos de sugerir aos responsáveis que conversassem com seus filhos sobre os seus livros prediletos. Que tal viver uma nova experiência? Assim como os pais lêem para os filhos, os filhos também poderiam ler ou contar histórias para seus pais...
E aí talvez fosse possível que pais e filhos juntos vivessem a emoção dos primeiros livros lidos. Como diz Lygia Bojunga, ler pode ser um caso de amor

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